Análise dos dados de vegetação protetiva de rios e nascentes: Bacia Hidrográfica Paraná III 17/08/2020 - 20:05
Annete Bonnet 1; Gustavo Ribas Curcio2
As campanhas de campo do PronaSolosPR vinham sendo realizadas no período de novembro de 2018 a fevereiro de 2020 e devem ser retomadas em meados de setembro próximo. Essa previsão não será cumprida apenas se o Ministério da Agricultura, em função do agravamento da situação referente à pandemia, paralise novamente as viagens para andamento das pesquisas da Embrapa.
Durante os primeiros quinze meses, os levantamentos de solos e vegetação protetiva de rios e nascentes foram efetuados em 16 de 25 cartas previstas para totalizar as ações de pesquisa na Bacia Hidrográfica Paraná III (BHPIII).
Foi realizado em torno de 65% do total das demarcações de amostragem da vegetação programadas para a citada bacia (Figura 1).
Dentro desse contexto, as pesquisas em levantamento da vegetação protetiva na BHPIII totalizam 276 pontos amostrais, dos quais 156 foram efetuados em margens de rios (Figura 2) e 120 em nascentes (Figura 3).
Vale lembrar que nesses locais são coletadas informações de aspectos fisionômicos da cobertura vegetal, a exemplo, caracterização do estádio sucessional da floresta, além de registros das espécies, impactos antrópicos observados, parâmetros fitossociológicos dos componentes arbóreos e epifíticos (Figura 4).
Atualmente, no decorrer do período da pandemia, os dados já coletados estão sendo processados em escritório, para preparação de futuras publicações com informações que auxiliem na compreensão dos ambientes e no planejamento de recuperação de florestas de margens de rio e de nascentes, e assim tragam maior harmonia à dicotomia uso e preservação das paisagens da BHPIII.
Essas informações serão importantes para agricultores e técnicos que queiram planejar futuros plantios de árvores em nascentes e rios, pois poderão associar as espécies de árvores com o grau de hidromorfia do solo (Figura 5) em que ocorrem (hidromórfico, semi-hidromórfico e não hidromórfico). Com esse conhecimento, o plantio das mudas de árvores poderá ser feito nos locais mais adequados, aumentando as chances de sobrevivência e sucesso da revegetação e otimizando a mão-de-obra, o recurso financeiro e o tempo do proprietário rural.
1 – Pesquisadora da Embrapa Florestas – annete.bonnet@embrapa.br
2 – Pesquisador da Embrapa Florestas – gustavo.curcio@embrapa.br