Campanha de campo nos subplanaltos Cascavel, São Francisco e Campo Mourão 05/09/2019 - 16:52

Gustavo Ribas Curcio1; João Henrique Caviglione2, Maurício Kacharouski3

 

Dando continuidade aos trabalhos, mais uma campanha de campo foi realizada pelas equipes do PronaSolos Paraná (Figura 1) entre os dias 20 e 30 de agosto, nos municípios de Toledo, Quatro Pontes, Ouro Verde do Oeste, Palotina e Maripá.

 

Figura 1 - Equipes do PronaSolos Paraná.
Figura 1 - Equipes do PronaSolos Paraná.

 

 
 

As ações de pesquisa aconteceram em porções dos subplanaltos São Francisco, Cascavel e Campo Mourão, envolvendo partes das bacias hidrográficas do Paraná III e do Piquiri (Figura 2).

 

Figura 2 - Subplanaltos Cascavel, Campo Mourão e São Francisco.
Figura 2 - Subplanaltos Cascavel, Campo Mourão e São Francisco.

 

 

 

No subplanalto São Francisco verifica-se ampla presença de solos de pequena espessura (Neossolos Regolíticos e Litólicos), acompanhados por Nitossolos e Chernossolos – Província Patamarizada (Figura 3), enquanto nos dois outros subplanaltos tem-se o predomínio de Latossolos e Nitossolos Vermelhos – Província Convexada (Figura 4), caracterizando diferentes potencialidades e fragilidades ao uso muito distintas.

Figura 3 - Província Convexada, subplanalto Campo Mourão.
Figura 3 - Província Convexada, subplanalto Campo Mourão.

 

Figura 4 - Encrostamento em Latossolo Vermelho.
Figura 4 - Encrostamento em Latossolo Vermelho.
 
 

Conforme o padrão de pesquisa do PronaSolos Paraná, todas as pesquisas são desenvolvidas pedossequencialmente. Assim, nessas duas semanas de trabalho foram analisados os solos de 62 pedossequências.

Além das amostragens de solos, como é de costume, foram obtidas informações morfológicas de solos como cor, estrutura e espessura dos horizontes, identificação se há compactação ou não (Figura 5), considerando espessura e profundidade desta, entre outras, além da caracterização da classe textural dos solos. Vale lembrar que as pedossequências foram alocadas considerando a altimetria, o comprimento, a forma e a declividade das encostas.

 

Figura 5 - Floresta fluvial degradada.
Figura 5 - Floresta fluvial degradada.

 

 
 

Quanto à análise e caracterização da vegetação protetiva de rios (Figura 6) e nascentes (Figura 7), nos citados subplanaltos, foram efetuados 17 pontos amostrais. Nesses, foram instaladas as parcelas de estudos fitossociológicos, obtendo-se informações importantes, a exemplo, ocorrência de espécies arbóreas por tipo de solo, com ênfase ao regime hídrico do solo.

Figura 6 - Aspecto de floresta estudada em nascente.
Figura 6 - Aspecto de floresta estudada em nascente.

 

Figura 7 - Província Patamarizada, subplanalto do São Francisco.
Figura 7 - Província Patamarizada, subplanalto do São Francisco.
 
 

Sem dúvida, informações integradas sobre as características dos solos e da vegetação protetiva de rios e nascentes deverão ampliar os horizontes de planejamento de uso das paisagens das citadas bacias hidrográficas.

 

1 – Pesquisador da Embrapa Florestas – gustavo.curcio@embrapa.br

2 – Pesquisador do IAPAR – jhcaviglione@iapar.br

3 – Técnico da FAPEAGRO – mauriciokacharouski@bol.com.br