Maurício Kacharouski¹, Annete Bonnet ², Gustavo Ribas Curcio³

A região oeste paranaense passou por grandes modificações entre as décadas de 1930 e 1970, como a substituição de florestas exuberantes por uma produção agrícola pujante. Neste processo, espécies como a peroba rosa – Aspidosperma polyneuron (Figura 1), pinheiro do Paraná – Araucaria angustifolia (Figura 2), cedro rosa – Cedrela fissilis (Figura 3) entre outras, sofreram diminuição drástica do número de árvores.

 

Nos levantamentos realizados pelo PronaSolos Paraná, tem sido registrada a presença de florestas em processo de regeneração, dominantemente na fase sucessional capoeirão, tanto em nascentes como em faixas marginais de rios. Para estas situações, sobre solos bem drenados como Latossolos e Cambissolos, ganham destaque a forquilheira - Tabernaemontana catharinensis (Figura 4), o angico vermelho - Parapiptadenia rigida (Figura 5) o louro pardo – Cordia trichotoma (Figura 6), as canelas Nectandra megapotamica (Figura 7) e N. lanceolata (Figura 8), o açoita-cavalo – Luehea divaricata (Figura 9), entre outras.

 

Contrastantemente, onde o solo é muito mal drenado (Organossolos) a imperfeitamente drenado (Gleissolo) destacam-se o branquilho - Gymnanthes klotzschiana (Figura 10), o leiteirinho da várzea - Sebastiania brasiliensis (Figura 11) e a embaúba branca - Cecropia pachystachya (Figura 12).

 

 

Sem dúvida, a preservação destes fragmentos florestais é muito importante para a manutenção da diversidade florística e para a preservação dos recursos hídricos, fato compreendido por técnicos e agricultores da região.

1 – Técnico da FAPEAGRO – mkacharouski@gmail.com

2 – Pesquisadora da Embrapa Florestas – annete.bonnet@embrapa.br

3 – Pesquisador da Embrapa Florestas – gustavo.curcio@embrapa.br