Produtores recebem sementes para refazer lavouras após tempestade 11/12/2020 - 17:09

Aproximadamente 200 agricultores de Rio Bonito de Iguaçu, no Oeste do Paraná, poderão fazer o replantio em áreas atingidas por uma tempestade no início de dezembro. Nesta sexta-feira (11), eles receberam 10.460 quilos de sementes de milho e feijão. A iniciativa é da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná), em parceria com a Prefeitura Municipal. Foram beneficiados produtores das comunidades Nova Aliança, Alto Água Morna e Alto Alegre.

As sementes foram um pedido dos agricultores do assentamento Marcos Freire, surpreendidos por uma chuva de granizo e fortes ventos que derrubaram boa parte de suas lavouras. Dos mais de 10 mil quilos doados, 5.660 são de sementes de feijão-preto, 1.960 de sementes de feijão-carioca, e 2.840 sementes de milho, segundo o chefe do núcleo regional da Secretaria em Laranjeiras do Sul, Valter Rodacki. “A iniciativa vai ajudar os produtores a recompor as áreas atingidas, e as sementes poderão ir logo para o campo, aproveitando esse momento de plantio”, diz. “Conseguimos fazer um esforço coletivo para reunir as sementes disponíveis no estado e ajudar, de maneira ágil, a agricultura familiar, tão importante para a economia paranaense”, completa o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

O engenheiro agrônomo do IDR-Paraná, Lucas Travassos Déda, explica que as sementes são variedades desenvolvidas pelo próprio Instituto após anos de pesquisa. Entre elas estão o milho IPR 164. “Essas sementes têm dupla aptidão, servem tanto para grão quanto para silagem, têm resistência às principais doenças e boa tolerância ao acamamento”, diz. Outras variedades são o feijão IPR Sabiá, o IPR Campos Gerais, e o IPR Urutau, todas com excelente potencial produtivo.

RECUPERAÇÃO - Para o produtor Leo Luiz Matias, da comunidade Nova Aliança, essa contribuição vai garantir a recuperação das perdas. Ele conta que a tempestade derrubou casas, galpões, além de dizimar lavouras inteiras. “Alguns pequenos e médios produtores tinham 70 alqueires e não sobrou nada”. Matias trabalha com olericultura e bovinocultura de leite. As chuvas acabaram com os dois alqueires para silagem na sua propriedade e também com toda a área de hortas. “Então essa foi uma grande ajuda do governo para começar a reconstituir”, diz.

 

 

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