Com uma área superior a 1,2 milhão de hectares, as florestas plantadas no Estado do Paraná representam 20,3% do valor bruto da produção (VBP) florestal nacional, sendo o Estado o maior produtor do país em toras oriundas da silvicultura. Em 2021, o Estado exportou aproximadamente 4,27 bilhões de quilos de produtos florestais (madeireiros e não madeireiros) com valor em torno de US$ 3,17 bilhões (Deral 2021).

Em 2020 o Paraná gerou um VBP florestal de R$ 4,3 bilhões que representaram 3,3% do VBP total do Estado (Deral 2020). Contudo, a produção florestal apresenta um grande potencial de crescimento, quer seja em sistemas integrados de produção (ILPF), quer seja explorando áreas declivosas ou de menor aptidão agrícola. Dentro dos Sistemas Integrados (ILPF) a produção florestal pode estar presente integrada com lavoura, com pastagens ou com ambos, diversificando as fontes de renda da propriedade e contribuindo para o aumento da resiliência, do sequestro de carbono, da mitigação de gases do efeito estufa, da conservação de solo, do bem-estar animal e outros, gerando sistemas mais sustentáveis. Além disso, a produção florestal em monocultivo (maciço florestal) possui o potencial para ser explorada em áreas tradicionalmente subutilizadas ou não utilizadas, caracterizadas por baixa aptidão agrícola, alta declividade e outras onde o produtor pode, através desta atividade, gerar renda adicional dentro da propriedade.

Entende-se assim que a exploração florestal é uma lavoura de longo prazo (lavoura de toras), com suas especificidades em relação aos tratos culturais, manejo e condução da exploração semelhantes à lavoura de grãos ou carne/leite, porém com a particularidade de estar presente concomitantemente com outras produções, como também uma opção em áreas não exploradas.