O governo do Paraná renovou com a CNH – New Holland as condições gerais para adesão ao programa Trator Solidário por mais um ano. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e a empresa assinaram na quarta-feira (21) o termo de adesão do programa, que prevê novos preços e novos modelos de veículos para atender agricultores familiares, público-alvo do programa.

Negociação entre a Secretaria e a New Holland manteve o preço atual do trator de maior potência e mais equipado, cuja demanda é mais elevada, em R$ 62.400, até 21 de dezembro. “Não foi fácil conseguir esse preço, uma vez que as vendas de tratores estão aquecidas em todo o País, por causa da valorização das commodities como soja, milho, trigo e feijão”, disse Ortigara. Segundo ele, por causa desse aquecimento, o produto, que era entregue no ato da compra, demora até 90 dias para estar disponível.

A meta da Secretaria é possibilitar a compre de mais mil tratores aos pequenos agricultores familiares ao longo de 2013. Os novos preços a partir de 21 de dezembro vão variar de R$ 51.400,00 para o trator com 55 CV de potência até R$ 66.950,00 para o trator mais equipado com 75 CV de potência. “O aumento médio de 7% acompanha a inflação”, disse o secretário.

Barato – Mesmo assim, o veículo adquirido pelo programa Trator Solidário, ainda estará mais barato em relação ao preço de mercado de R$ 85 mil para o trator com 75 CV. Desde que o programa foi reiniciado, no governo Beto Richa, já foram entregues cerca de 900 unidades ao custo de R$ 56,1 milhões financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“Em relação ao preço de tabela, o desembolso representou economia de R$ 20,34 milhões aos produtores, que conseguiram comprar um trator com preço aproximadamente 26,5% mais barato em relação ao de mercado”, calculou o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Carlos Simioni.

O programa Trator Solidário foi reiniciado em agosto do ano passado, após passar por licitação. O Instituto Emater faz a seleção dos agricultores beneficiários e os projetos técnicos necessários à formalização dos financiamentos. O financiamento é feito via Banco do Brasil ou pelo BRDE com participação da Sicredi e Cresol, ao amparo da linha de crédito do Pronaf - Mais Alimentos.