Campanha Plante Seu Futuro lança publicação sobre programa 09/10/2014 - 14:30

foto/arquivoOs resultados da primeira etapa da campanha “Plante Seu Futuro - adote boas práticas de produção no campo”, relativos à safra de grãos 2013/14 no Paraná, já comprovados na prática em março desse ano, agora estão relatados em publicação técnica elaborada por técnicos da Emater-PR e da Embrapa Soja, de Londrina.

A publicação, denominada “Resultados do Manejo Integrado de Pragas da Soja na Safra 2013/14 no Paraná”, demonstra que nas unidades demonstrativas instaladas para controle e monitoramento da incidência de pragas e doenças nas lavouras de soja, a média de aplicações de agrotóxicos foi reduzida à metade.

O lançamento da publicação deverá ocorrer também na abertura da Winter Show, um evento realizado pela Cooperativa Agrária, de Guarapuava, para demonstração de tecnologia disponível para toda a cadeia produtiva dos cereais de inverno, desde a pesquisa até a agroindustrialização. O evento, programado para o dia 14 deverá contar com a participação do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

De acordo com a Embrapa, a publicação consolida os resultados obtidos na safra 2013/14, em 46 unidades de referência, conduzidas pela Emater-PR com 330 produtores do Estado em que se avaliou o impacto de utilização no Manejo Integrado de Pragas.

Em áreas onde o MIP não foi adotado, a média foi de cinco aplicações de inseticida nas lavouras de soja do Paraná. Nas áreas assistidas pela Emater-PR – unidades de referência - , a aplicação de inseticidas foi reduzida para 2,3 vezes.

Para o pesquisador Samuel Roggia, da Embrapa Soja, essas informações demonstram que o Manejo Integrado de Pragas é uma prática muito importante para se reduzir a aplicação de inseticidas e consequentemente minimizar os custos de produção.

O coordenador do projeto grãos da Emater-PR, Nelson Harger, destaca a atuação dos extensionistas e técnicos na correta orientação dos produtores para que a utilização de boas práticas agrícolas pelos produtores que compõem a campanha Plante Seu Futuro seja ampliada. “Pretendemos trazer informações qualificadas aos técnicos para que eles auxiliem os produtores nas tomadas de decisão referentes ao manejo de pragas no sistema de produção da soja”.

A publicação é de autoria dos engenheiros agrônomos Osmar Comte, da Embrapa Soja; Fernando Teixeira de Oliveira, da Emater de Andirá; Nelson Harger, da Emater de Apucarana; e da bióloga Beatriz Spalding Corrêa-Ferreira, da Embrapa de Londrina.

CAMPANHA PLANTE SEU FUTURO - A campanha tem como tema a adoção de boas práticas de Manejo Integrado de Solos e Águas, Manejo Integrado de Pragas, Manejo Integrado de Doenças, Manejo Integrado de Plantas Invasoras, Tecnologias de Aplicação de Agrotóxicos e Controle de Formigas Cortadeiras.

A grande ferramenta dessa campanha é o resgate de práticas antigas e já conhecidas do agricultor que ao longo dos anos foram deixadas de lado, disse o engenheiro agrônomo Nelson Harger. Entre essas práticas está o controle biológico, de manejo e genéticos. A recomendação é recorrer aos agroquímicos somente quando for necessário. Para isso, inicialmente o agricultor conta com o auxílio de um profissional a campo que pode ser um técnico do poder público ou da iniciativa privada que vai ajudar o agricultor a tomar a decisão de aplicar ou não o agrotóxico na hora certa.

Nas unidades demonstrativas, a primeira aplicação de agrotóxicos foi feita com 54 dias após a emergência das plantas, quando a população de lagartas começou a aumentar, enquanto que na média do estado a primeira aplicação foi feita com 25 dias de após a emergência das plantas. O produtor faz o monitoramento da incidência de pragas num pano branco e ao contar o número de insetos por metro quadrado na lavoura, ele é orientado pelo técnico a fazer a aplicação de produtos químicos ou não.

Outra medida recomendada pela campanha é a aplicação de agrotóxicos com qualidade. Segundo Harger, o inseto está cada vez mais escondido entre as folhas e o caule das plantas. Portanto, a aplicação deve atingir o alvo. Se a aplicação não for feita de forma correta poderá provocar muita deriva (que é a dispersão do agrotóxico para lavouras vizinhas) e não combate o inimigo, explicou.

A campanha tem a parceria de entidades como a Federação na Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Emater, Iapar, Itaipu Binacional,Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Apepa (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário), entre outras.

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