Governo vai reformular e ampliar o Programa Fábrica do Agricultor 21/11/2012 - 15:40

O programa Fábrica do Agricultor – Agroindústria Familiar será reformulado e ampliado, visando fortalecer a presença dos pequenos empreendedores no mercado e impulsionar o agronegócio. De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, a meta é dobrar o número de pequenas agroindústrias atendidas, que atualmente é de 1.300. Lançado em 1999, o programa é o mais antigo em execução pela Secretaria da Agricultura e Instituto Emater.

O assunto está sendo discutido num seminário que termina nesta quarta-feira (21) no Instituto Emater, em Curitiba. Os participantes debatem, entre outros pontos, soluções para entraves que hoje limitam a expansão do programa – entre eles, questões de ordem ambiental, burocrática e de sanidade. O seminário conta com a participação de representantes das instituições parceiras do programa, como o Sebrae e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

O coordenador do programa no Instituto Emater, João Nishi de Souza lembrou que o Fábrica do Agricultor surgiu com o desafio de beneficiar, transformar e industrializar a produção de pequenas propriedades, criando uma segunda fonte de renda e melhorando a condição de vida das famílias da área rural. “Mas, em muitos casos, o que era secundário virou a principal fonte de renda para as famílias. Por isso agora o foco será voltado para impulsionar o agronegócio”, disse.

Segundo ele, o programa será reorientado para que os agricultores tenham como meta atingir os consumidores e o mercado. O esforço maior das instituições parceiras nesta nova fase deverá se concentrar nas grandes regiões, como a Grande Curitiba, Londrina, Cascavel, Foz do Iguaçu, onde há mais agroindústrias.

Nishi disse que os bons resultados do programa nos últimos 13 anos podem ser conferidos durante as feiras Sabores do Paraná, realizadas anualmente em várias regiões do Estado. “Essas feiras funcionam como vitrine para os produtos da agroindústria familiar, abrem mercado e atraem muitos consumidores. Mas agora queremos mais”, afirmou.

QUALIDADE – O presidente do Instituto Emater, Rubens Niederheitmann, disse que o aumento da demanda e do grau de exigência dos consumidores exige produção com mais qualidade e favorece a ampliação do programa. “Temos de melhorar o processo de produção e ajudar o empreendedor a colocar um produto de qualidade na gôndola do supermercado”, destacou.

O superintendente do Senar Paraná, Ronei Volpi, apontou durante o seminário oportunidades que podem ser melhor exploradas pelo programa. Como exemplo, ele citou que o curso mais procurado no Senar nos últimos três anos tem sido o de panificação.

O Senar e o Sebrae desenvolvem capacitação e qualificação de produtores e agroindústrias em parceria com o Instituto Emater, que atua na fase de produção da matéria-prima que será beneficiada na agroindústria. De acordo com a coordenadora da área de Agronegócio do Sebrae, Andreia Claudino, o fortalecimento da agroindústria é uma das prioridades da instituição. “Queremos ampliar a parceria com o Instituto Emater e contribuir para a evolução dos processos de boas práticas de produção e de qualidade dos produtos, com o objetivo de agregar mais valor”, afirmou.

foto/Emater