Márcio Nunes visita fábrica da Piracanjuba em São Jorge D’Oeste e ressalta ações para reforçar a cadeia do leite 29/10/2025 - 14:28

Na manhã desta quarta-feira (29), o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes, acompanhado de Natalino Avance de Souza, presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), e de Otamir Martins, presidente da Adapar, visitou a fábrica da Piracanjuba, em São Jorge D’Oeste, no Sudoeste do Estado. A visita técnica teve como objetivo acompanhar o andamento das obras e os investimentos realizados pela empresa no município.

A comitiva foi recepcionada por Anselmo Souza, gerente da unidade, Athaide Silva, gerente de qualidade do leite cru do Grupo Piracanjuba, e Laila Santos, coordenadora de relações institucionais do grupo. Eles apresentaram aos visitantes a história da marca, os principais produtos e as características da nova unidade fabril.

Também participaram da visita os deputados estaduais Adão Litro (PSD) e Luís Corti (PSB), além dos prefeitos Gelson Coelho (São Jorge D’Oeste), Carlinhos Turatto (Dois Vizinhos), Givanildo Trumi (Boa Esperança do Iguaçu), Paulo Weissheimer (Verê) e Jean Cardoso (Cruzeiro do Iguaçu).

O Grupo Piracanjuba, um dos maiores do setor de laticínios e alimentos do país, anunciou a expansão da unidade que está sendo construída em São Jorge D’Oeste, mesmo antes da inauguração oficial. Com apoio do programa Paraná Competitivo, o investimento total é de aproximadamente R$ 612 milhões, voltado à implantação de uma unidade industrial de queijos que também produzirá manteiga, whey protein e lactose em pó. “Nós temos uma empresa que começou muito pequena, uma empresa familiar, e que se tornou uma empresa grande que emprega mais de 4 mil pessoas. E aqui no Paraná temos que incentivar para que mais empresas possam vir para nosso estado”, disse o secretário Marcio Nunes.

A partir do soro de leite, subproduto da produção de queijos, a empresa pretende fabricar 6 mil toneladas anuais de whey protein e 14,8 mil toneladas de lactose em pó. Segundo a Piracanjuba, a construção das duas plantas em um mesmo complexo industrial garante ganhos de escala e representa a primeira queijaria de grande porte do Brasil planejada de forma totalmente integrada.

Iniciada em 2021, a construção da unidade industrial deve ter sua primeira fase inaugurada ainda este ano, com 54 mil metros quadrados de área construída e geração de cerca de 250 empregos diretos. Nesta etapa, a produção será concentrada em manteiga (7,9 mil toneladas anuais) e muçarela (39,4 mil toneladas por ano), reforçando o objetivo do Governo do Estado de promover a industrialização de produtos com maior valor agregado.

Durante a visita, o secretário Márcio Nunes também destacou a importância do momento vivido pelo setor agropecuário paranaense e as ações do governo para apoiar os produtores de leite. “Estou muito feliz de estar vivendo este momento extraordinário que atravessa o Paraná. E como sou fã dessa cadeia importantíssima que é a cadeia produtiva do leite, uma das coisas que essa cadeia mais precisa é de estradas rurais. Nós estamos aí com um grande programa de melhoria das estradas rurais para que esse leite possa chegar com melhor qualidade, em tempo recorde, inclusive que o produtor possa até receber mais”, afirmou o secretário.

Nunes ressaltou ainda que boas condições de estrada refletem diretamente na renda do produtor. “Quando a estrada está boa, segundo o Elias Zydek , presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Paraná (Sindileite-PR), o preço do leite pode subir até oito centavos, porque o caminhão não quebra, não encalha e o transporte é mais eficiente”, explicou.

O secretário lembrou que o governo estadual está implementando diversos programas de incentivo ao produtor rural, com foco especial na cadeia do leite.

Ele também falou sobre o lançamento do Coopera Paraná, programa de apoio às associações e cooperativas rurais. “Estamos lançando também o Coopera Paraná, que vai ser o mais robusto da história do Paraná, com 100 milhões de reais e vai favorecer associações e cooperativas, para que o pessoal possa buscar um maior equilíbrio para que o produtor de leite além de produzir possa ter sua rentabilidade garantida. Que no fim é o que vale: é dinheiro no bolso do produtor rural”, finalizou.