Ministro Blairo Maggi visita
Show Rural, em Cascavel
09/02/2017 - 16:20

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, representou o governador Beto Richa na recepção ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, durante visita feita nesta quinta-feira (09) ao Show Rural, em Cascavel.
O ministro destacou que visita o Paraná no momento em que a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) anuncia a maior safra da história do País, com 219 milhões de toneladas de grãos, que corresponde a um aumento de 30% sobre a produção do ano passado.

Desse total, o ministro disse que a colheita da soja responde por pouco mais de 100 milhões de toneladas, quase a safra norte-americana, “que será orgulho do Brasil superar a safra de soja dos Estados Unidos”, disse Maggi. O ministro disse que parte desse desempenho se deve à região Oeste do Paraná, “que tem as terras mais férteis do País”.

De acordo com o diretor presidente da Copavel, Dilvo Groli, a produtividade da soja no Oeste do Paraná saltou de 55 sacas por hectare para cerca de 65 a 70 sacas por hectare. No Estado, a colheita de soja deve atingir 18,3 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento.

Exemplo de Tecnologia

O secretário Norberto Ortigara disse ao ministro que o Paraná é o exemplo de tecnologia e pesquisa no meio rural que oferece possibilidades ao produtor para elevar a produtividade nas lavouras. “Em nome do governador Beto Richa, o Paraná apoia o trabalho do ministro Blairo Baggi na busca de novos mercados, na desburocratização do setor, na perseguição ao alto padrão de qualidade dos produtos com o máximo de resultado possível”.

“Aqui, somos profissionais e este ano vamos colher quase 41 milhões de toneladas de grãos, se o clima ajudar durante a segunda safra e a safra de inverno. E isso está sendo alcançado graças ao trabalho da pesquisa que cria conhecimento e oferece alternativas ao produtor que está sempre em busca de inovações, o que nos faz ir para frente”, disse.

Segundo Ortigara, no Paraná já se fala em “internet das coisas”, onde muita tecnologia está sendo usada, mas vem muito mais por aí. Segundo ele, em pouco tempo teremos tratores sem tratoristas, máquinas que mapeiam a melhor forma de se fazer o cultivo de acordo com a área, enfim, “estamos construindo um Brasil altamente competitivo e supridor de alimentos para o mundo”, ressaltou.

Pesquisa é a base da agricultura

O ministro visitou os standes do Banco do Brasil e da Embrapa, que escolheram o Paraná para fazer lançamentos nacionais de linhas de crédito e de cultivares. O Banco do Brasil, que lançou a linha de pré-custeio em Curitiba, há poucos dias, já tem quase R$ 1 bilhão em créditos oficializados em todo o País nessa linha.

E a Embrapa lançou duas cultivares, de soja e feijão, mais produtivas e resistentes. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) também lançou uma cultivar de feijão, resistente ao Mosaico Dourado, a principal doença que ataca a lavoura do feijão, tecnologias que ajudam a elevar a produtividade das lavouras, disse o ministro.

Segundo ele, a tecnologia e a modernidade da agricultura vão se expandir também para a pecuária e o Brasil vai se tornar o maior produtor de alimentos. “Estamos nos preparando para conquistar o mercado da Ásia com a oferta de alimentos e estamos construindo isso à custa de pesquisa agronômica, tecnologia e modernidade na produção”, disse.

Blairo Maggi tranquilizou os defensores do Meio Ambiente, ressaltando que os produtores rurais também se preocupam com o meio ambiente e não vão desmatar nenhum hectare de terra para elevar a produção de alimentos, conforme está na estratégia do Ministério da Agricultura.
O ministro adiantou que a agricultura vai se expandir sobre as terras hoje ocupadas pela pecuária, setor que vai ganhar muita produtividade daqui para frente e não vai precisar de tanta terra como ocupa hoje.

Blairo Maggi fez um comparativo de produtividade para explicar o avanço da pesquisa e da tecnologia, que ajuda a conservar as áreas de florestas. Segundo ele, na década de 70 a produtividade média das lavouras no País era de 1.400 kg por hectare. Hoje ela avançou para 4.500 kg por hectare, na média do País, ressaltou. “Não estaríamos produzindo 219 milhões de toneladas de grãos, numa área que corresponde a apenas 8% do território brasileiro, não fosse o avanço da produtividade, graças à pesquisa agronômica” insistiu.

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