Oferta de alguns produtos cai em unidades da Ceasa 25/02/2015 - 08:58

A diretoria da Companhia Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa-PR) informa que os protestos dos caminhoneiros, que ocupam acessos das principais estradas do Estado, afetaram parcialmente as atividades das unidades atacadistas da empresa.

Nas Ceasas de Foz do Iguaçu e Cascavel a comercialização caiu nesta segunda e terça-feira (23 e 24) e houve falta de alguns produtos. “Temos recebido cargas isoladas de alguns itens, principalmente os produzidos no Estado, mas não recebemos, por exemplo, cargas de tomate e batata”, diz Valdinei Loesi dos Santos, gerente da Ceasa de Foz do Iguaçu.

O mesmo ocorre na Ceasa de Cascavel, que não recebeu os mesmos produtos. “Os pequenos comércios varejistas acabam sendo os mais afetados com essa diminuição da oferta no atacado”, explica Neide Cordeiro, gerente da unidade em Cascavel.

Em Londrina, a Gerência de Mercado da unidade informa que houve problemas pontuais na comercialização, incluindo também a batata e o tomate, que apresentaram redução de 20% na oferta. Na Ceasa de Maringá, o problema é o mesmo, com retração da oferta dos mesmos itens.

PREÇOS – Na Ceasa de Curitiba os preços praticados nesta segunda e terça-feira (23 e 24) ficaram estáveis na comparação com a semana passada. “Temos ainda uma oferta regular no mercado dos produtos em geral. Alguns itens que vêm de outras regiões do País, principalmente do Nordeste, como, por exemplo, abacaxi e mamão tiveram uma diminuição da entrada na unidade”, explica Evandro Pilatti, assistente técnico da Ceasa Curitiba.

No caso do abacaxi havaí tipo grande, a caixa com 8 unidades é encontrada, em média, a R$ 40. Na semana passada a caixa era vendida a R$ 38. Já o mamão, tipo formosa e havaí (caixa com 15 quilos), está cotado, em média, a R$ 22, preço que girava em torno de R$ 20 na semana anterior.

A variação de preços de produtos como a batata é considerada normal por conta do período de entressafra. O saco de 50 quilos da batata especial lavada está cotado em R$ 120, contra R$ 90,00 na semana passada, uma variação de 33%. O preço do tomate se manteve estável –
a caixa do tomate longa vida extra 2A está cotada, em média, em R$ 40.

O assistente técnico da Ceasa Curitiba, Evandro Pillati, explica que tendência é que haja aumento nas cotações nos próximos dias, caso o movimento dos caminhoneiros seja mantido, e orienta os consumidores. “O principal regulador de preços nestas situações é o próprio consumidor. O ideal é que ao notar aumentos excessivos de preços, as pessoas busquem substituir o produto por outro hortigranjeiro mais acessível”.