Parceria vai incentivar a produção de grãos após a colheita do fumo 11/03/2014 - 16:49

foto/seabA Secretaria da Agricultura e do Abastecimento firmou parceria com as indústrias e produtores de tabaco para incentivar o plantio de milho e feijão no Paraná, logo após a colheita do tabaco. A iniciativa visa motivar o aumento de renda dos agricultores, que terão outros benefícios como assistência técnica e capacitação, a diversificação da propriedade e o acesso a práticas de conservação de solos.

O protocolo de intenções que estabelece essa parceria foi assinado nesta terça-feira (11) pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, pelo diretor presidente da Emater-PR, Rubens Ernesto Niederheitmann, pelo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke, pelo presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Laurindo Drescher.

O incentivo ao plantio de milho e feijão nas propriedades produtoras de fumo integra um programa criado pela Souza Cruz, empresa fabricante de fumo, desde 1984. Recentemente, o Sinditabaco, que representa 15 empresas que fabricam o fumo no Brasil, assumiu o programa para incrementá-lo nos três estados produtores de fumo – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo o presidente do Sinditabaco, Iro Schünke, o Paraná é um importante produtor de fumo, cultura que está presente em 155 municípios e mobiliza cerca de 31 mil produtores. Juntos, em 2013, eles produziram 142 mil toneladas de fumo e geraram uma receita bruta de R$ 1 bilhão. “Esse ato representa a formalização de iniciativas já existentes e que geram muitos benefícios ao agricultor e sua família”, afirmou.

O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, explica que o cultivo de fumo, quando bem conduzido, é a principal fonte de renda para milhares de produtores no Paraná e no Brasil. Para ele, é boa a possibilidade de aliar a cultura do fumo ao cultivo de grãos que abastecem a mesa do brasileiro, como feijão e milho. “Além disso, a ocupação do solo com uma segunda safra protege a terra da erosão e ainda proporciona ganhos sociais e econômicos”, disse.

O Instituto Emater do Paraná vai contribuir na parceria com a oferta de assistência técnica aos produtores. Segundo Rubens Niederheitmann, o produtor de fumo será beneficiado com o aproveitamento dos insumos e adubos que “sobraram” no solo após a cultura do tabaco. “Esse excesso de insumo que já existe vai contribuir com a produtividade das lavouras de grãos que serão plantadas depois, sem que os agricultores paguem mais por eles”, explicou.

Para o presidente do Sinditabaco, o importante é contribuir com o produtor para que ele possa otimizar a propriedade e, com isso, obter mais renda e conseguir mais conforto e bem-estar para sua família. “O setor sempre se preocupou em orientar o agricultor para diversificar sua atividade na propriedade e essa é mais uma possibilidade”, afirmou.

O diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Livaldo Gemin, o diretor presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Ademir Mueller e dirigentes da Souza Cruz também participaram do evento.

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foto/seab

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