O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, entregou nesta quinta-feira (18) uma patrulha sericícola para uso comunitário pelos produtores do município de Altônia. O governo do Paraná liberou cerca de R$ 2 milhões para a aquisição de 20 patrulhas para atender as cidades com maior número de produtores de casulo-da-seda.

A entrega dos equipamentos aconteceu no 31º Encontro Estadual de Sericicultura, no município de Rondon, no Noroeste do Estado, com a participação de cerca de 1,3 mil sericicultores de 60 municípios da região. O evento contou também com a participação do diretor-presidente do Instituto Emater, Rubens Niederheitmann.

O secretário Ortigara explica que as patrulhas sericícolas vão contribuir com a modernização da atividade no Estado e aumentar ainda mais sua eficiência, melhorando o desempenho com a criação de bichos-da-seda. A patrulha é composta por um trator, uma carreta, uma roçadeira, uma corrente de ferro, um distribuidor de calcário, um subsolador e quatro máquinas de limpar casulos.

A sericicultura é uma atividade da agricultura familiar e entra como componente de diversificação na pequena propriedade, gerando renda por cerca de nove meses do ano. O Paraná se destaca como o maior produtor de seda do País e conta hoje com 2.240 produtores, 2.667 barracões e 8 mil pessoas envolvidas. O plantio de amoreira está presente em 5.562 hectares, distribuídos em 191 municípios.

A maior concentração da produção de casulo está na região Noroeste do Estado e gera um Valor Bruto da Produção de US$ 28,5 milhões. Randon é um dos 20 maiores produtores de casulo-de-seda.

QUALIDADE - Os produtores comemoram o período promissor para o mercado de fios de seda. Nos últimos três anos os produtores paranaenses estão sendo beneficiados com a elevação de mais de 80% no preço do fio, que passou de R$ 7,18 o quilo em abril de 2010 para R$ 13,06 o quilo em abril de 2013.

Ortigara lembrou que o mercado está procurando por qualidade e o Paraná se destaca por produzir os melhores fios de seda do mundo, atualmente exportados para os países asiáticos e europeus. “Hoje existe um déficit de produção na indústria, que está trabalhando com 50% de sua capacidade, uma oportunidade a ser aproveitada pelos sericicultores”, disse o secretário.

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