Projeto vai conscientizar agricultores sobre uso correto dos agrotóxicos 06/09/2013 - 15:45

foto/seabA Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e a Cooperativa Integrada de Londrina lançaram na nesta quinta-feira (05) o projeto “Mais”, em parceria com o programa Acerte o Alvo, do Instituto Emater, que tem o objetivo de conscientizar os agricultores para a aplicação de agrotóxicos de forma correta nas lavouras.

A parceria consiste na capacitação e orientação dos produtores para utilizar esses insumos, com atenção para que os equipamentos estejam em boas condições de uso para evitar desperdícios e derivas.

O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, destaca que esses procedimentos são essenciais para garantir uma agricultura forte e sustentável no Paraná. “Estamos conscientes que voltamos a aplicar muitos insumos nas lavouras, mas estamos trabalhando para reverter essa realidade”, afirmou. O secretário cita que é desnecessário, por exemplo, três ou quatro aplicações para combater a ferrugem da soja.

Os programas “Acerte o Alvo” e “Mais” visam aperfeiçoar a tecnologia na aplicação dos agrotóxicos, com ênfase no conhecimento por parte do produtor para que seja feita a colocação do produto na quantidade correta, no alvo, e com um mínimo impacto ambiental da atividade. “De forma simples, é importante o produtor saber gerenciar o tamanho das gotas e volume de produto pretendido”, explicou o técnico da Emater, Nelson Harger, coordenador do programa no Paraná.

Harger lembrou que as más aplicações levam às derivas - quando a pulverização em uma lavoura “escapa” para a outra, gerando muitas reclamações em todo o Estado. O técnico ressalta que à em medida que se aplica o agrotóxico na forma correta, é fortalecida a fruticultura, a olericultura e a diversidade na lavoura, que é a característica do Paraná.

O objetivo do programa “Acerte o Alvo” é capacitar 4 mil produtores rurais por ano, totalizando 24 mil produtores e aplicadores de agrotóxicos e 2,4 mil profissionais ligados à assistência técnica e extensão rural, até 2018.

O secretário Ortigara ressaltou que essa tecnologia é conhecida, mas parece ter sido esquecida ao longo do tempo. “É possível promover ações na Agricultura de uma forma mais limpa, sustentável, sem contaminar o meio ambiente”, enfatizou. O secretário explica que essa intervenção e um conjunto de técnicas - como o cuidado com os solos, manejo integrado de pragas e doenças - serão alvo de campanha de conscientização em todo o Estado, “sob pena do modelo agrícola de prática de agricultura intensiva não se sustentar a médio prazo”.

“Vamos agir agora com a promoção de seminários regionais e microrregionais, recorrer a campanhas na mídia para reverter o processo de degradação dos solos, água e meio ambiente. Para isso, a grande força dos profissionais das cooperativas como essa parceria com a Integrada pode fazer a diferença”, disse Ortigara.

Para o presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, “essa iniciativa é importante para reduzir os custos de produção do produtor, para conservar a saúde do agricultor e dos consumidores desses produtos e para o meio ambiente”.

Com o projeto “Mais”, a Cooperativa Integrada participa junto com a Secretaria da Agricultura do esforço para orientar o produtor para que adote os procedimentos corretos quando precisar recorrer ao uso de agrotóxicos, como a limpeza das máquinas e dos bicos, deixando os equipamentos em condições adequadas de uso e para que sempre utilizem o Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Para o presidente da Cooperativa Integrada, Carlos Murati, essa parceria não acontece por acaso. “Acompanhamos o trabalho do secretário Norberto Ortigara e de toda sua equipe. Sabemos de sua disposição de participar e de fazer as coisas acontecerem em todas as regiões do Paraná e, por isso, vamos participar desse esforço de conscientização para aplicar os agrotóxicos com parcimônia e da forma correta”, declarou.

Segundo Murati, a Cooperativa Integrada tem mais de 7 mil cooperados e está presente em 42 municípios do Estado, com faturamento em torno de R$ 1,5 bilhão por ano. “Certamente teremos mais benefícios efetivos com essa conquista”, afirmou.

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