Secretaria da Agricultura defende parceria público-privada para aumentar agronegócio - 03/03/2011 - 16:40

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) deu o passo inicial para a construção da parceria público-privada mais efetiva em apoio ao desenvolvimento do agronegócio paranaense. De acordo com o secretário Norberto Ortigara, o objetivo da parceria é dar sustentação a políticas públicas de geração de emprego, renda, promover o crescimento econômico e melhorar a vida das pessoas no campo e nas cidades, com mais segurança alimentar e com alimentos de qualidade.

Para isso, a Seab promoveu uma parada estratégica de dois dias para que dirigentes do órgão, de empresas vinculadas, diretores e dirigentes de entidades da iniciativa privada participassem do seminário: “Estratégias e Atuação Institucional no Agronegócio Paranaense”, realizado nesta quarta-feira (2) e quinta-feira (3) em um hotel às margens da represa Capivari-Cachoeira, município de Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba.

Durante o seminário, as entidades participantes se comprometeram em eliminar a duplicidade e paralelismo de funções e integrar mais as ações de cada uma delas em apoio ao produtor rural e às cadeias produtivas.

Participaram do encontro, a Seab, as empresas vinculadas Emater, Iapar, Claspar, Ceasa, Codapar e CPRA, representando o poder público. Representando a iniciativa privada, participaram o Sebrae, Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo).

Aos participantes, Ortigara revelou que está na expectativa do próximo passo: diagnosticar as cadeias produtivas e definir ações para solucionar os entraves em cada uma delas. Assim, as políticas públicas serão direcionadas para fortalecer o que já existe de bom em cada região.

“Conforme as demandas apresentadas pela sociedade, vamos estudar as realidades e propor ações que possam ser exercidas em conjunto entre poder público e iniciativa privada, sem duplicidade de ações mas com agilidade e sem burocracia”, destacou.

O consultor da Federação do Estado da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Antonio Poloni, disse que as ações do governo e da iniciativa privada serão integradas e concentradas para alavancar as cadeias produtivas eleitas nos municípios e nas regiões.

O grande minério do Paraná - disse Poloni - é a produção de alimentos. “Então vamos fazer um trabalho bem feito e demonstrar nossa competência”, disse. “Para isso, o poder público não pode trabalhar sem o apoio da iniciativa privada e vice-versa. Precisamos estar juntos para o desenvolvimento comum. Todo esse trabalho deve ter como pano de fundo a conclusão do processo de sanidade animal e vegetal, que será a grande marca desse governo”, acrescentou.

Para o superintendente do Senar-PR, Ronei Volvi, esse repensar de ações de instituições públicas e privadas em conjunto é inédita e está sendo feita visando o beneficio de entidades demandadoras, que são os sindicatos e associações rurais de produtores e de trabalhadores, as cooperativas e os produtores em geral.

O diferencial no seminário é que cada instituição está definindo seu papel, sua metodologia de trabalho, seu plano de ação para as cadeias produtivas e territórios, projetos setoriais. A partir disso, o governo vê como eliminar os paralelismos de ações, respeitando a individualidade e orçamento de cada órgão. Também não serão solicitados recursos extras de outros órgãos. Cada um vai trabalhar com o seu orçamento.

Esse planejamento visa ações imediatas, mas também de médio e longo prazo para tornar o agronegócio mais competitivo e eficaz dentro e fora do País. Poloni citou como exemplo a bacia leiteira do Sudoeste ou a produção de cafés especiais do Norte Pioneiro.

Se nessas cadeias produtiva faltam capacitação e profissionalismo do produtor, o Senar se responsabilizará por esse processo. Se o ponto de estrangulamento está no mercado e na transformação da produção, o Sebrae irá ajudar. Assim, cada instituição irá apoiar com sua experiência a execução das políticas públicas.

À Emater caberá a identificação dos diagnósticos e os órgãos competentes serão acionados. Em algumas situações, a pesquisa do Iapar será intensificada para atender determinada demanda e assim vai acontecer com as demais entidades.

Segundo Ortigara, o importante é que todas as ações serão centralizadas sob o comando da Seab e. assim, toda a sociedade ganha porque o projeto de parceria visa melhorar o abastecimento de alimentos, com mais economia e de maneira que eleve a qualidade de vida das pessoas.