Secretaria da Agricultura discute Plano de Metas na regional de Curitiba 21/09/2015 - 12:22


A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento reuniu os servidores da sede, em Curitiba, para apresentação da palestra “Paraná – Visão de Futuro” - Desafios e Oportunidades, pelo engenheiro agrônomo do Instituto Emater, Joaquim Carlos Thomaz. Os conceitos contidos na palestra contribuíram para a elaboração do plano de desenvolvimento da pasta para os próximos quatro anos, que prevê elevar em 20% do Valor Bruto da Produção (VBP).
O plano vem sendo apresentado em várias regiões do Estado e na última sexta-feira (18) foi a vez de Curitiba. O diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustável (Deagro), Richardson de Souza solicitou o empenho e a colaboração dos servidores para levar adiante as metas estabelecidas. Segundo Souza, esse plano conta com a participação das sete empresas vinculadas à Secretaria da Agricultura como Instituto Emater, Instituto Agronômico do Paraná, Agência de Defesa Agropecuária, Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, Instituto de Florestas do Paraná, Ceasa e Companhia de Desenvolvimento Agropecuário, que envolvem cerca de 3.500 pessoas que se dedicam à agricultura no Estado.
Essas empresas compõem o sistema Seagri, que dispõe de um efetivo capaz de fazer uma revolução na agricultura e o desafio é integrar as ações desse sistema, disse José Tarciso Fialho, um dos implementadores do Plano de Metas.Fialho apresentou as ações regionalizadas previstas no plano e defendeu a sustentabilidade dos sistemas de produção para que o investimento seja melhor. “Precisamos considerar as diferenças e ter focos adequados a cada situação para fortalecer novos negócios e novos processos”, afirmou.
A estratégia adotada para atingir a elevação do VBP corresponde ao trabalho com muita tecnologia para elevar a produtividade e a inclusão do componente “mercado”, como uma nova etapa a ser considerada. “Por isso, a inovação e a competência precisam estar presentes”, destacou.
Entre as metas estabelecidas pelo plano estratégico prevêm o aumento da produção total agropecuária em 30%, elevar a participação da produção de frutas, verduras, legumes e pequenos animais para cerca de 11% do Valor Bruto da Produção total. Foi definida ainda a inclusão de cerca de 20% das propriedades rurais do Estado para que tenham receita bruta anual acima de dois salários mínimos.
Os programas serão executados em seis áreas do Paraná, caracterizadas como arenito, basalto, sedimento, região metropolitana de Curitiba, Vale do Ribeira e Litoral. A região do basalto é a que envolve maior número de municípios nas regiões Norte, Oeste, Centro-Oeste e Sudoeste. Já a área de sedimento envolve as regiões Norte Pioneiro, Central, Centro-Sul e Sul. O arenito abrange os municípios do Noroeste. Além dessas áreas, foram incorporadas o Vale do Ribeira, Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral.
Cada região tem desafios definidos e eles serão atendidos de acordo com suas características, explicou Fialho. Segundo ele, o atendimento de uma demanda que está inserida em algum programa da secretaria vai levar em conta se irá potencializar as metas previstas para aquela região.
Como exemplo, ele citou o caso da distribuição de calcário, que não deve ocorrer de forma isolada, isto é, trata-se da fertilização do solo, que por sua vez, também está atrelada a outras práticas de uso, manejo e conservação de solos e água, que se encontra atrelada a um Programa Regional, envolvendo vários municípios inseridos numa região que já tem uma proposta de desenvolvimento, geração de renda, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável, como, por exemplo, incentivo à pecuária leiteira. Nesse caso, o calcário será direcionado para elevar a produtividade das propriedades que exploram a atividade leiteira.
Nesse caso, o calcário será direcionado para elevar a produtividade das propriedades que exploram a atividade leiteira nessas regiões, mas integrado dentro de um projeto maior da região, ou seja, não é o calcário pelo calcário, mas como um componente a mais na equação de desenvolvimento regional.
Em especial, para a Região Metropolitana de Curitiba, dois projetos se destacam, envovendo a olericultura. Um deles é a Horticultura Agroecológica e o outro, a Horticultura Sustentável. Para o Vale do Ribeira, o destaque é o projeto de Inclusão Social e, para o Litoral, o projeto de Agroindústria Familiar.