Secretário diz que futuro da agricultura está na diversificação 26/11/2013 - 15:50
Ortigara foi à região Sul do Estado, típica produtora de fumo, para apoiar a produção de fumo, alegando que é uma cultura tão lícita quanto às demais. “Não fazemos a apologia do fumo, mas defendemos os agricultores e a boa relação deles com as indústrias”. “O que é preciso – acrescentou – é diversificar a propriedade para que o agricultor não corra riscos concentrando seu trabalho em apenas uma cultura”.
O secretário deixou claro que o agricultor do futuro, por menor que seja, será aquele que vai se profissionalizar, buscar cada vez mais conhecimento para a correta aplicação das tecnologias disponíveis no mercado e que vai adotar a agricultura como qualquer outra profissão, onde tem que se aperfeiçoar sempre para obter renda.
O seminário Agricultura do Futuro foi promovido pela prefeitura de Rio Negro e empresas da região, e contou com a participação do prefeito de Rio Negro, Milton José Paizani, do gerente nacional de produção agrícola da Souza Cruz, Helio Moura, e do gerente regional da Emater para a região de Curitiba, Sergio Guarienti.
PROPRIEDADES - Em visita a duas propriedades de agricultores familiares na região, Norberto Ortigara constatou a diversificação e a evolução na produção de fumo e a capacidade de geração de renda em cada uma delas. Antes a atividade trazia riscos à saúde do agricultor, com aplicações inadequadas de agrotóxicos, sem qualquer proteção. Hoje, o produtor adota os cuidados recomendados pela indústria, não deixa os produtos disponíveis na propriedade ao alcance principalmente das crianças e aplica os produtos somente quando há dano econômico à cultura.
A primeira propriedade visitada foi da família Mazur, em Campo do Tenente. Numa área de 67 hectares vive Aleixo Mazur e seis filhos. Eles produzem tabaco, soja, milho, feijão, leite, ovos e também reflorestamento. A receita bruta anual está estimada em R$ 407,4 mil, sendo que as atividades mais rentáveis atualmente são o fumo, a granja e recentemente o leite, que melhorou de preço, disse Aleixo Mazur.
O plantio de tabaco ocupa uma área de 2,2 hectares e produz uma receita anual bruta de R$ 67 mil. Nas demais atividades, são produzidas na propriedade 12 mil ovos por dia com um plantel com 17 mil galinhas, que proporcionam um faturamento bruto anual de R$ 192 mil. O rendimento da soja é de 54 sacas por hectare; do feijão é de 41 sacas por hectare e o leite é de 140 litros por dia com um plantel de 34vacas.
Com esses resultados, Mazur falou da sua satisfação de manter todos os filhos na propriedade, sendo que cada um tem sua casa individual na propriedade e todos constituíram família, disse.
Na propriedade da família Schelbauer, em Rio Negro, Ortigara constatou a inovação tecnológica incorporada na propriedade que se reverte no aumento da renda. A área de aproximadamente 34 hectares tem um faturamento bruto anual de R$ 721 mil, sendo R$ 176 mil provenientes da cultura do fumo; R$ 24 mil do milho; R$ 13 mil do feijão; R$ 500 mil dos ovos galados e R$ 8 mi do reflorestamento.
O casal Eliseo e Maria Jacira vive na propriedade com mais 7 filhos, onde também todos trabalham e têm suas casas individualmente
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