Senar vai treinar técnicos para retomar conservação de solos 08/12/2016 - 15:15

O Programa Integrado de Conservação de Solos e Água, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento foi apresentado nesta quinta-feira (08) para os dirigentes dos núcleos regionais, prefeituras, corpo técnico das empresas vinculadas e das entidades parceiras, como sindicatos patronais e de trabalhadores rurais e cooperativas.

Lançado pelo governador Beto Richa em agosto deste ano, o programa visa agora intensificar a fase de capacitação que será a alavanca para a transformação rumo à sustentabilidade que se pretende no campo.

A meta é treinar cerca de dois mil técnicos do serviço público e da iniciativa privada, que serão capacitados a orientar os projetos de conservação de solos e água nas propriedades rurais.

Serão 100 cursos à distancia e presencial, com turmas de 25 técnicos cada um, que serão oferecidos pelo Sistema Nacional de Aprendizagem Rural e Federação da Agricultura do Estado do Paraná– sistema Faep/Senar. Os cursos terão duração de 300 horas e serão ofertados para engenheiros agrônomos, engenheiros agrícolas, engenheiros florestais e técnicos agrícolas.

Segundo o secretário estadual da Agricultura,l Norberto Ortigara, a partir de janeiro de 2017 as ações já em curso para conservação de solos e água no Paraná serão intensificadas e potencializadas com a ajuda das entidades parceiras.

Ortigara disse que as ações para conservação de solos e água visam estancar a erosão que levam a camada fértil do solo, a recuperação de minas de água no campo e a prevenção a eventos climáticos, citando como exemplo os estragos nas propriedades e nas estradas rurais provocados pela corrente climática El Niño, entre outubro de 2015 a março de 2016, com excesso de chuvas.

O presidente do Sistema Faep/Senar, Ágide Meneguette, disse que está disponibilizando a capacitação dos técnicos como forma de colaboração com o setor público. “Temos que nos unir para apresentar as soluções viáveis. Apesar da crise econômica temos que trabalhar e da forma correta”, afirmou. Segundo Meneguette, essa iniciativa representa um programa de Estado, diante da grande importância que ele representa para a agricultura, que é a base da economia e que tem salvado a balança comercial brasileira.

Meneguette afirmou que a meta é oferecer cursos para 2.000 técnicos, mas se tiver mais interessados serão atendidos. “O importante – acrescentou - é facilitar o acesso para os técnicos que podem assinar o projeto técnico que devem ser executados nas propriedades rurais”, explicou.

PROJETOS - Os técnicos serão capacitados para elaborar os projetos individualizados, de acordo com as necessidades de cada propriedade. Será feito um diagnóstico, seguido das recomendações das técnicas de conservação que podem ser aplicadas como o uso racional e adequado de agrotóxicos, adoção de rotação de culturas, plantio direto, plantio em nível, terraços, proteção e conservação de nascentes, entre outras práticas.

Para o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Afonso Kroetz, a execução de um bom projeto técnico precede a atuação da fiscalização. “Dessa forma não será necessária a medida de força dos fiscais da Adapar, que só vai ocorrer quando necessário”, disse.

Kroetz enalteceu os avanços da pesquisa e da assistência técnica para conservação de solos e água, ressaltando que não há evolução se o trabalho de conscientização for feito apenas na base da autuação e da notificação da infração.

A coordenadora executiva do programa, Debora Grimm, disse que o ponto forte do programa será a capacitação para a retomada das práticas recomendadas no Estado. Segundo o diagnóstico atual apresentado pela direção do programa, os custos atuais com a erosão do solo já está afetando a produtividade das lavouras e o nível de renda do agricultor.

“O plantio direto que se pratica no Estado é de baixa qualidade, está havendo uso inadequado de máquinas agrícolas e essa situação precisa ser dimensionada para ser adaptada de acordo com as recomendações técnicas”, destacou.

GESTÃO - Foi criado um Conselho Consultivo, composto por entidades representativas do setor rural, que apontarão as grandes diretrizes que devem ser seguidas. Fazem parte desse conselho as Secretarias de Estado da Agricultura e Abastecimento e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Faep/Senar, Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Copel, Itaipu Binacional, Sanepar, Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha, Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, Emater e Iapar.

Foi definido também um comitê gestor, com a participação de seis entidades do setor público e da iniciativa privada: Emater, Iapar, Faep, Fetaep e Ocepar, sob a coordenação da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, além de uma secretaria executiva do programa.

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