O auditório da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) lotou de mulheres e homens para debate sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, na manhã desta sexta-feira (21). O evento integrou a programação da campanha estadual Paraná Unido no Combate ao Feminicídio, que começou em 10 de julho.

A conversa foi conduzida pela advogada Janis de Oliveira e pela psicóloga Walquiria Onete Gomes, coordenadora do Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência, da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi).

“O feminicídio é um assunto que infelizmente se tornou bastante comum no Brasil”, lamentou a chefe de Gabinete, Vera da Rocha Zardo. “Apesar de ser considerado crime hediondo e ter uma apreciação diferenciada, muitas mulheres ainda morrem no Brasil vítimas de violência, por isso é importante falar desse tema, e não apenas nesta semana”.

O diretor-geral da Seab, Richardson de Souza, citou o apoio do secretário Norberto Ortigara e da direção da Seab para a discussão sobre o tema. “O feminicídio e a misoginia, que é o ódio indiscriminado, o preconceito contra a mulher, infelizmente ainda estão enraigados em nossa sociedade”, disse.

O dia 22 de julho foi escolhido como Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. Para marcar, neste sábado (22) serão realizadas caminhadas em vários municípios do Estado.

O crime de feminicídio foi tipificado em 2015, quando o Código Penal foi alterado para incluí-lo como um crime cometido pela condição de mulher, seja no contexto de violência doméstica e familiar ou por menosprezo ou discriminação à condição da mulher. As motivações são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da ideia de que as mulheres são sua propriedade.