Indústrias paranaenses de suínos geraram mais de 4 mil empregos em apenas um ano 07/11/2024 - 15:45
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o Paraná registrou em 2023 o maior aumento absoluto no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos, quando comparado ao ano anterior.
Os dados são do Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 1º a 7 de novembro. O documento também destaca dados da produção de soja e ovos e do preço do feijão e do leite.
Em 31 de dezembro de 2023, o Estado contabilizou um acréscimo de 4.060 vínculos empregatícios, um crescimento de 17% em comparação à mesma data de 2022. Isso representa 67% do total de vagas geradas no Brasil nesse segmento no período. Em seguida, destacaram-se o Rio Grande do Sul, com aumento de 671 empregos (11% do total nacional) e Santa Catarina, com 570 novos postos (9% do total).
A nível nacional, o crescimento foi de 5,4%, o que equivale a 6.072 novos postos de trabalho, somando 119.555 empregos formais na categoria.
Santa Catarina, maior produtor nacional de carne suína, liderou o número total de postos de trabalho, com 33.657 vínculos ativos, representando 28% do total nacional. O Paraná ficou em segundo lugar, com 27.743 vínculos ativos (23% do total), seguido pelo Rio Grande do Sul com 18.092 (15%), Minas Gerais com 12.415 (10%) e Mato Grosso do Sul com 7.768 (6%).
Por outro lado, o setor nacional de criação de suínos, que abrange a criação para produção de carne, banha e sêmen, apresentou uma redução de 3,6% no número de vínculos formais em 2023 (1.285 empregos). O Paraná registrou a maior redução em números absolutos, com uma queda de 21% (1.374 postos a menos), superando a média nacional. Apesar da queda, o Paraná ocupou a segunda posição no número total de empregos formais, com 5.278 postos de trabalho (15% do total), ultrapassado apenas por Minas Gerais, com 9.020 postos preenchidos, representando 26% do total nacional.
“Esses dados refletem a dinâmica do mercado de trabalho no setor de suínos em 2023. Enquanto o crescimento da produção de carne gerou um aumento nas vagas de emprego em frigoríficos, a elevação dos custos de produção pode ter dificultado a manutenção de empregos formais nas granjas de suínos” analisou a veterinária do Deral Priscila Cavalheiro Marcenovicz.
SOJA - A produção nacional de soja para a safra 2024/25, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 166 milhões de toneladas, 12,7% maior que a safra anterior.
No Paraná, o plantio já superou os 84% dos 5,8 milhões de hectares esperados para a safra. A previsão é que sejam colhidas 22,4 milhões de toneladas, se as condições continuarem favoráveis.
FEIJÃO - O Boletim indica que o preço da saca de feijão para os produtores paranaenses caiu 13%, passando de R$ 306,88 em setembro para R$ 267,79. No mercado atacadista, a redução foi de 2%, com o fardo de 30kg diminuindo de R$ 182,33 para R$ 179,12. Já no varejo, houve aumento de 4%, com o pacote de 1kg subindo de R$ 7,38 para R$ 7,68.
LEITE - Dados da pesquisa trimestral do leite do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que dos mais de 12 bilhões de litros adquiridos pela indústria brasileira no primeiro semestre do ano, 14,7% foram produzidos no Paraná. O estado segue como segundo maior produtor do país, sendo superado por Minas Gerais, com 25% da produção.
OVOS - O boletim também mostra que a produção total de ovos para consumo ("in natura", industrializadas ou para exportação) no Brasil atingiu 1,8 bilhões de dúzias no primeiro semestre de 2024, representando um crescimento de 10% sobre o período do ano anterior, cujo volume produzido foi de 1,6 bilhão de dúzias. O Paraná produziu 99 milhões de dúzias (correspondendo a 5,4% do total nacional), um volume 6,5% maior que a produção do ano anterior (93,8 milhões de dúzias), ocupando o oitavo lugar no ranking nacional.
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