Sementes de feijão preto desenvolvidas no Paraná são destaque em congresso internacional 29/09/2025 - 17:15
Criada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), a cultivar de feijão preto IPR Urutau conquistou os agricultores brasileiros e se consolidou como a mais plantada do país. O feijão, presente diariamente na mesa dos brasileiros, ganha com essa variedade maior produtividade, qualidade dos grãos e adaptação às condições de cultivo, garantindo segurança alimentar e rentabilidade para os produtores.
O destaque da IPR Urutau reflete a força da pesquisa agrícola paranaense. Ao longo de sua trajetória, o IDR-Paraná já lançou mais de 200 cultivares que hoje são comercializadas e cultivadas em praticamente todo o território nacional. Além do feijão, a instituição é reconhecida também pelo desenvolvimento de sementes de aveias e plantas de cobertura, fundamentais para práticas de conservação do solo, melhoria da fertilidade e sustentabilidade das lavouras.
O tema foi debatido nesta segunda-feira (29/09), na abertura do 10º Congresso de Sementes das Américas, em Foz do Iguaçu. Ao tratar dos desafios da agricultura e do papel estratégico do Paraná na produção de sementes e de alimentos, o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, (que na ocasião representou o governador em exercício, Darci Piana) reforçou a necessidade de garantir condições para que os produtores permaneçam no campo. Segundo ele, a segurança alimentar está diretamente ligada à renda no meio rural.
“Estamos aqui para nos colocar à disposição para fazer mais parcerias com a iniciativa privada e fazer com que essa aproximação do setor público com o setor privado possa sempre estar beneficiando a população, mas no meu caso como secretário da agricultura do estado do Paraná, o principal objetivo é melhorar a renda do produtor rural”, destacou Marcio Nunes.
De acordo com o gerente de produtos e serviços do IDR-Paraná, Paulo Vicente Contador Zaccheo, no caso das sementes, essa parceria se traduz na multiplicação das cultivares desenvolvidas no estado que são comercializadas com empresas produtoras de sementes para colocar as cultivares no mercado para o produtor rural. “Atualmente temos cerca de 80 parceiros multiplicando as nossas cultivares para todo o país”, concluiu Zaccheo.